informações Ascom/PF
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta
sexta-feira (10) a primeira fase da Operação G-7, que visa o cumprimento de 34
mandados de busca e apreensão e prisão em desfavor de empreiteiros e de
secretários do Estado, suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes em
licitações. Neste momento está sendo cumprido o mandado de prisão do secretário
de obras do Acre Wolvenar Camargo
Pelo menos 150 policiais de diversas
localidades do país estão trabalhando na operação que realizam o cumprimento
dos mandados de busca e apreensão em órgãos públicos nos municípios de Rio
Branco e Tarauacá no Estado do Acre.
Também estão sendo executados os mandados de prisão
do ex-secretário de habitação e ex-superintendente da Caixa Econômica Federal,
Aurélio Cruz do Diretor do DEPASA (DEPARTAMENTO DE PAVIMENTAÇÃO E SANEAMENTO E
ABASTECIMENTO), Gildo Cesar, do Secretário Municipal de Desenvolvimento e
Gestão Urbana de Rio Branco, Luiz Antonio Rocha, do Diretor de Análise Clinicas
da Secretaria Estadual de Saúde, do Diretor Executivo da SEHAB (Secretaria de
Habitação) e outros servidores públicos envolvidos no esquema criminoso.
De acordo com a assessoria da Polícia Federal
as investigações foram iniciadas em 2011, e culminaram com a identificação de
um grupo de sete empresas do ramo de construção civil, que atuavam em conjunto
para fraudar licitações de obras públicas no Estado. As empresas simulavam
concorrer entre si, garantindo, assim, que uma delas sempre vencesse a
licitação. Os concorrentes que não integrassem a organização criminosa eram
eliminados ainda na fase da habilitação técnica, primeira fase da licitação, em
que a administração pública exige da empresa comprovação de sua aptidão técnica
para realizar o serviço.
Foram examinadas licitações executadas nos
municípios acreanos de Tarauacá, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Vila
Campinas e Acrelândia, constatando-se que muitas das obras licitadas jamais
chegaram a ser executadas. Somente em seis contratos examinados, de um valor
total de R$ 40.000.000,00 estima-se que os cofres públicos sofreram um
desfalque de cerca de R$ 4.000.000,00.Os dois empresários da construção civil
do Acre foram os maiores beneficiários de licitações de obras nas
administrações de Jorge Viana (PT) e Binho Marques (PT). Salomão é
ex-presidente da Federação das Indústrias do Acre.
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