Médicos de pelo menos 16 estados e do Distrito Federal devem suspender nesta terça-feira (30) os atendimentos na rede pública e privada de saúde, segundo previsão da Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
A expectativa é de que na quarta (31) ocorram protestos em outros quatro estados. A greve é para marcar posição da categoriacontra decisões do governo federal, como a contratação de profissionais estrangeiros pelo programa Mais Médicos e os vetos à legislação do Ato Médico, que estabelece as atribuições dos profissionais de medicina.
Apesar da greve, a Fenam, que representa 53 sindicatos ligados à classe médica, informou que orientou para que casos de urgência e emergência sejam atendidos. Os clientes de planos de saúde também serão afetados pela greve. É segunda vez, em um intervalo de uma semana, que a categoria cruza os braços em protesto contra decisões do governo federal.
Veja abaixo a situação nos estados.
Maranhão
Os médicos fizeram manifestação na Praça Gonçalves Dias, em São Luís, contra os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei do Ato Médico e contra a contratação de médicos estrangeiros pelo governo federal, prevista no programa Mais Médicos.
Espírito Santo
Profissionais das redes pública e privada pararam na manhã esta terça. De acordo com o Sindicato dos Médicos do estado (Simes), a decisão foi tomada com objetivo de lutar por melhorias na categoria e também por direitos de estudantes de medicina.
Goiás
A paralisação deve ocorrer nesta terça e na quarta e também tem como alvo a contratação de estrangeiros pelo programa Mais Médicos.
Ceará
Dezenas de médicos e estudantes de medicina realizaram um abraço simbólico no entorno do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do estado (Simec) , José Maria Pontes, o ato foi realizado em apoio ao movimento nacional contra o Programa Mais Médicos e os vetos à lei do Ato Médico.
Amazonas
Em Manaus, dezenas de médicos protestaram em frente ao Hospital 28 de Agosto, Zona Centro-Sul da cidade. A previsão é de que os manifestantes continuem o protesto por ruas da cidade. Consultas previstas para serem realizadas nesta terça estão sendo remarcadas pelas secretarias de saúde do estado e do município.
Paraná
Pelo menos 50% dos médicos aderiram à paralisação, de acordo com o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar). Centenas de médicos se reuniram na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, por volta das 11h, e seguiram para a Boca Maldita, também no Centro, para protestar. Durante a tarde, eles vão se dividir em grupos para percorrer praças e hospitais da cidade.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul também houve remarcação de consultas. As urgências e emergências das unidades de saúde recebem pacientes, mas consultas agendadas para esta terça e para a quarta estão sendo remarcadas. De acordo com o Sindicato Médico do RS (Simers), algumas instituições comunicaram a população sobre a mobilização, e a orientação é evitar a procura por médicos.
Minas Gerais
Em Governador Valadares, no leste do Minas Gerais, os médicos também aderiram à paralisação e vão atender apenas aos casos de urgência e emergência. Na cidade de Timóteo, no Vale do Aço mineiro, os médicos estão trabalhando com a escala mínima em todas as unidades de saúde.
Na região de Montes Claros, norte do estado, médicos e estudantes de medicina tambémaderiram à paralisação nacional.
Rondônia
Em Porto Velho, cerca de 200 médicos pararam os atendimentos em apoio à greve nacional, segundo o Sindicato dos Médicos de Rondônia (Simero). A paralisação irá durar 48h e apenas atendimentos de urgência e emergência estão sendo realizados nos hospistais da capital.
Outros estados
De acordo com a Fenam, deverão aderir aos dois dias de paralisação desta semana os médicos de Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Sergipe.
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