quarta-feira, 16 de outubro de 2013

IMAC E BATALHÃO AMBIENTAL INTENSIFICAM FISCALIZAÇÕES NO INTERIOR

Pequenos acampamentos, que funcionavam como minisserrarias, foram montados dentro da floresta 
Fonte: Agencia de noticias do Acre

As operações conjuntas realizadas pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e Batalhão Ambiental têm sido cada vez mais frequentes. A mais recente delas, em Acrelândia, resultou na apreensão de mais de 320m³ de madeira. Os fiscais foram ao local para constatar a veracidade de uma denúncia anônima recebida pela central de notificações do Imac.

O comandante do Batalhão Ambiental, major Negreiros, disse que as operações têm dado certo por conta do empenho das equipes e dos investimentos do governo. “Esse trabalho integrado tem garantido a preservação do meio ambiente. Nossa função é servir e proteger a população e, no nosso caso, a floresta. Além da fiscalização, os policiais do nosso batalhão trabalham também a prevenção aos crimes comuns”, afirmou.

Para a fiscalização em todo o estado, o instituto conta com o apoio dos servidores dos núcleos de Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira e Brasileia. O planejamento para as fiscalizações é elaborado com base nas observações feitas pelas equipes de campo e patrulhamento. Esse trabalho é importante para a garantia das atividades dos madeireiros que trabalham com extração de árvores certificadas oriundas de manejo florestal.

Daniel Valle afirma que as fiscalizações realizadas pelo Imac e Polícia Militar são constantes

Mais de 50 árvores foram derrubadas pelos madeireiros em uma área de terra do Ramal do Pelé. Pequenos acampamentos, que funcionavam como minisserrarias, foram montados dentro da floresta, as estruturas são conhecidas como “pica-paus”. As toras de madeira eram serradas e já saíam do local beneficiadas. Com intenção de levar a madeira para Rondônia, os madeireiros utilizavam o ramal do Progresso para evitar a passagem pelo posto de fiscalização da Tucandeira.

Daniel Valle, fiscal do Imac, falou sobre as constantes fiscalizações realizadas pelo instituto em parceria com a Polícia Militar. “Nós identificamos a exploração ilegal de madeira no local, além da instalação irregular desses equipamentos utilizados para o beneficiamento da madeira. Nem sempre conseguimos flagrar essas pessoas, mas quando isso acontece, todas as medidas cabíveis são tomadas”, disse. Daniel informou que o maquinário encontrado foi apreendido.

Os infratores flagrados pelos fiscais são advertidos e, seguindo a legislação ambiental, assinam o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O documento serve para a abertura de um processo administrativo junto ao Imac e inquérito judicial, mesmo assim, as penas aplicadas ainda são brandas e não minimizam o dano causado ao meio ambiente.

O tenente R. Carneiro, do Batalhão Ambiental, diz que o patrulhamento rural tem identificado esses infratores e trazido constante sensação de segurança para a comunidade. “Aqui estão atuando pessoas mal intencionadas. Nossas fiscalizações têm sido intensificadas em todos os municípios. O objetivo está sendo alcançado”, enfatizou Carneiro.


Identificação dos focos de calor e desmate ilegal

O Imac conta com técnicos especializados para identificar as áreas prioritárias de atuação das equipes. O planejamento estratégico é montado pelos servidores da Divisão de Geoprocessamento, que dá o suporte às equipes a partir das imagens geradas pelos satélites e informações repassadas pelos institutos de pesquisa.

Cláudio Cavalcante, chefe da divisão, diz que os técnicos fazem um comparativo das imagens e identificam as mudanças que acontecem. “Atualmente, o Imac trabalha com as imagens dos órgãos de estudos climáticos e softwares adquiridos pelo governo do Estado”, declarou.

Além do trabalho de suporte às fiscalizações, em determinada época do ano, o instituto faz o balanço de desmatamento por município. O trabalho identifica as áreas onde ocorreram mudanças significativas e norteia a atuação dos fiscais. Para analisar esses mapas os servidores do órgão possuem formação específica e passam por constantes capacitações. Todos os processos de licenciamento ambiental são analisados pela equipe de geoprocessamento, que analisam as atuais condições do local.

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